Meu amor pequenino, completas hoje 16 meses.
Não me canso de olhar para ti e admirar o quanto estás crescido e "tão tu".
Este mês deste dois grandes tombos e um deles acabou no hospital a fazeres raio-x e a mamã a segurar a tua cabeça ("enclausurada" num fato de chumbo até aos pés) e a precisar que segurassem nela.
Não páras quieto um único segundo e a cada instante me pergunto como não te cansas!
Como tal eu sinto que passo os dias (cada segundo) que estou contigo a dizer "Não, A.", "Não podes fazer isso!", "Não! Não! NÃO!".
E tu olhas para mim, com um olhar matreiro e malandro, sorris e segues a tua vida, ou seja, fazes exactamente aquilo que queres fazer.
E ai de quem se intrometa nas tuas missões, de quem te impeça de fazer o que queres! Temos birra na certa, muita choradeira, muito espernear, muitos gritos... E é uma batalha que andamos a travar! e que será para muiiiiito tempo!
Continuas a adorar fazer recadinhos. Adoras que te mandem colocar a fralda no lixo, levar a roupa suja ao cesto, levar isto ou aquilo a quem te dizemos.
Adoras tudo que seja "instrumentos de limpezas", ou seja, tudo que sejam vassouras, apanhadores, panos e acho que vou ser uma felizarda com tão exímio ajudante.
Se nos vires a aspirar as migalhas fazes uma fita tremenda por também quereres fazer. E gastas a bateria TODA do aspirador de mão a "aspirar", enquanto dás gritinhos de alegria.
A gaveta dos tachos é tua. É uma festa de tachos e testos pelo chão da cozinha que adoras pôr e tirar.
Comer! Tu adoras comer, experimentar sabores. Fazer-te feliz é também deixar-te experimentar novos alimentos, deixar-te comer.
Ah! e agora enquanto te damos te comer tens SEMPRE que ter na mão uma colher também, que vais levando à boca (com a comida do prato) nos intervalos das colheradas que te damos. E enquanto não te dermos uma colher para a mão reclamas e apontas para a gaveta dos talheres até te fazeres entender.
Não gostas de gorros, ou chapéus. Não gostas de vestir casacos e mal te desaperto os botões ou fecho apressaste a tirá-lo.
Mas adoras as luvas de cozinha, onde enfias orgulhosamente a mão e nos mostras.
Adoras as brincadeiras tontas dos papás e ris-te imenso com as cantilenas e coreografias que invento para ti. E eu confesso que também adoro fazer estas palermices todas para o meu público preferido, tu!
Fazes muitas fitinhas e gostas de te exibir.
Por outro lado "aprendeste" a ter vergonha. A esconderes a cara, a agarrares a mamã quando não te sentes seguro, a não ir para o colo de todos, a virar o rosto quando te abordam e a franzir a sobrancelha quando não te estás a sentir confortável.
Sei que é uma fase e também faz parte, mas é estranho ver-te assim mais "bichinho do mato".
Este mês andaste pela primeira vez no carrocel e gostaste. No meu colo, muito atento e admirado e não choraste.
Viste o Pai Natal e ficaste encantado com a árvore de Natal, com as luzes, com o menino Jesus (era ver-te a dar beijinhos ao menino Jesus, sempre que pedíamos), com os presentes (na noite e no dia de Natal), com as brincadeiras com os priminhos pequenos.
Estiveste com amiguinhos bons, amiguinhos doces e portaste-te bem (confesso que receei). Aliás portaram-se todos muito bem e adorei ver-vos interagir. Espero que esses amigos te fiquem para a vida.
Passaste o ano connosco porque insistias que dormir não era para tão cedo e tinhas que brindar a 2013 acordado. E não tiveste medo dos foguetes, do barulho.
E eu gostei muito que nos tivesses acompanhado na passagem do ano.
E contigo ao meu colo desejei muito que tudo nos corresse bem.
Que estivessemos sempre juntos e felizes, os três.
Que tivesses os teus avós presentes na tua vida por muitos e bons anos.
Que tu crescesses saudável, lindo e muito feliz.
Amo-te muito, meu amor pequenino.
Amo-te a cada instante*
♥